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O escritor Sylvio Romero, em artigo publicado no primeiro boletim do IHGPR, editado em 1917, analisa a possibilidade de fusão dos estados do Paraná e Santa Catarina. O texto é de 1912 e é resgatado cinco anos depois em meio a Guerra do Contestado para analisar o conflito de terras existente entre as duas unidades da federação. Romero revela que o cenário para o conflito já existia desde a primeira década do século XX. Os governadores dos dois estados, Carlos Cavalcanti (PR) e Paula Ramos (SC), segundo o texto de Romero, já haviam até se manifestado simpáticos à união em 1909. O objetivo era acabar com as disputas territoriais que, infelizmente, alguns anos depois resultariam na deflagração da Guerra do Contestado. Seguem trechos do artigo de Romero:

“Seria o Estado do Iguassú o nome do novo estado. E a Capital? Há de ser essa encantadora povoação à margem do bello Iguassú sobre o território que cada um dos Estados considera seu, a setecentos metros acima do nível do mar, e que tem o nome suggestivo de Porto União. Chamam-na ainda de União da Vitória. Os lugares têm também seus destinos… De união e victoria vae ser a bella cidade que se ha de edificar alli para a capital do poderoso, vasto e riquíssimo Estado do… Iguassú ou do Guahyra”.

A ideia não foi levada adiante e em 1924, o litígio foi resolvido pelo Decreto Legislativo nº 3304, de 3 de agosto de 1917, tendo sido aprovados os trabalhos de demarcação de limites pelo Decreto nº 16595, de 10 de setembro de 1924, o que encerrou a disputa e definiu as linhas territoriais conhecidas hojes dos dois estados.

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